Com base em informações da Federação dos Trabalhadores em Transportes do Paraná, a Nova Central está denunciando a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, por ter abandonado a categoria, Segundo revela a entidade paranaense,"após assumir o cargo ela passou a atender os interesses dos empresários do setor de transporte e do agronegócio". A Fetropar diz que, quando candidata ao Senado, assumiu o compromisso de ser porta voz dos rodoviários. "Agora, Gleisi ocupa o cargo de Ministra-chefe da Casa Civil e tem outros interesses".
A entidade afirma que os empresários estão se mobilizando para prejudicar os interesses dos trabalhadores. Neste sentido, informa que, em reunião na Casa Civil, representantes do Movimento União Brasil Caminhoneiro, CNA – Confederação Nacional da Agricultura, empresas de transporte e transportadores autônomos, que sempre se colocaram contra a Lei, principalmente contra o controle da jornada de trabalho, estão tentando mais uma vez encontrar uma forma para flexibilizá-la.
Para a Nova Central e Fetropar, dentre os assuntos em pauta está a tentativa de derrubar a liminar concedida ao MPT para adiar mais uma vez o cumprimento da Lei e, com isso, firmar um TAC – Termo de Ajuste de Conduta - com o MPT para flexibilizar o controle da jornada de trabalho. Por fim, querem uma solução legislativa que garanta suas reivindicações.
"A Lei que garante direitos aos rodoviários está sendo discutida por empresários na Casa Civil, que, agora, é palco de um jogo de influências e trabalhadores ficam de fora", enunciam as aentidades.
A Lei 12.619/2012 - A Lei que regulamentou a profissão de motorista foi sancionada no da 30 de abril de 2012, com vetos parciais. Desde então, representantes do agronegócio e de alguns trabalhadores autônomos usam de ameaças – como foi o caso da paralisação de julho de 2012, orquestrada por Nélio Botelho, e influências políticas – como o deputado Nelson Marquezelli da bancada ruralista, para que a Lei não seja cumprida.
A fiscalização da jornada de trabalho pelos órgãos de trânsito foi adiada, cederam à pressão do setor agrícola e o CONTRAN referendou a Resolução 417, a qual foi derrubada no dia 20 de dezembro de 2012 com uma liminar da Justiça do Trabalho.
0 comentários:
Postar um comentário