Pelos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, entre os anos de 2001 e 2011 os repasses para o Estado saíram de R$ 689,7 milhões para R$ 2,5 bilhões - três vezes mais, em dez anos. Para se ter uma ideia da dimensão da verba, a produção de açúcar e álcool, que movimenta 98% das exportações do porto de Maceió, o único de Alagoas, é pouco maior que R$ 2 bilhões.
A verba federal é a principal fonte de renda no Estado. Os repasses do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) e Fundo de Participação dos Estados (FPE) somam mais de 90% destes recursos.
O problema é que, em sete anos, a Polícia Federal deflagrou dez operações, todas para acabar com esquemas de corrupção envolvendo desvios de verbas públicas - a maioria na educação. Ao todo, segundo dados da PF, Alagoas perdeu R$ 407 milhões, equivalente a 16,28% do orçamento da União para o Estado.
Pelos dados do IBGE, cerca de 25% da população alagoana é analfabeta (maior percentual do Brasil); 20,4% estão na miséria, terceiro pior no ranking nacional; e, segundo o Ministério da Justiça, o Estado é líder em assassinatos, com uma taxa de 66,8 homicídios a cada 100 mil habitantes. Maceió é a terceira cidade mais violenta do mundo.
Trabalhando há dez anos investigando processos licitatórios, o promotor da Fazenda Pública Municipal, Marcus Rômulo, não acredita mais na Lei de Licitações, criada para acabar com as fraudes. "Eu não acredito mais na licitação pública. Acredito que perdemos a batalha. Eu creio no concurso público, uma importante conquista da Constituição de 1988, que melhorou os quadros do funcionalismo através da concorrência, os salários pagos são de mais qualidade. Mas, na licitação, que é a segunda conquista da nossa Constituição, não é a mesma coisa. Na prática, as empresas que participam das licitações - falo das grandes - fatiaram o Brasil", disse.
Segundo ele, a lei tem oito diferentes formas de se desviar dinheiro - todas incluídas na legislação. "Mas não conto, porque senão vou ensinar ladrão a roubar."
Em um dos casos, Rômulo descobriu uma fraude envolvendo a escolha de empresas para recolhimento de lixo em Maceió e um rombo de R$ 200 milhões desviados dos cofres públicos em um esquema considerado "grosseiro": fraudar a balança na hora de pesar o lixo. Quanto mais pesado, mais dinheiro era repassado a empresa.
Das dez operações da Polícia Federal realizadas em Alagoas, três delas aconteceram em Traipu. Na cidade com mais da metade da população analfabeta, as operações foram para investigar desvios na Educação. O prefeito Marcos Santos (PTB) está preso por comandar o esquema. Nas três ações foram contabilizados R$ 16 milhões em desvios - dinheiro que, segundo as investigações, comprou caçambas, uma lancha e fazendas para o prefeito.
A verba federal é a principal fonte de renda no Estado. Os repasses do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) e Fundo de Participação dos Estados (FPE) somam mais de 90% destes recursos.
O problema é que, em sete anos, a Polícia Federal deflagrou dez operações, todas para acabar com esquemas de corrupção envolvendo desvios de verbas públicas - a maioria na educação. Ao todo, segundo dados da PF, Alagoas perdeu R$ 407 milhões, equivalente a 16,28% do orçamento da União para o Estado.
Pelos dados do IBGE, cerca de 25% da população alagoana é analfabeta (maior percentual do Brasil); 20,4% estão na miséria, terceiro pior no ranking nacional; e, segundo o Ministério da Justiça, o Estado é líder em assassinatos, com uma taxa de 66,8 homicídios a cada 100 mil habitantes. Maceió é a terceira cidade mais violenta do mundo.
Trabalhando há dez anos investigando processos licitatórios, o promotor da Fazenda Pública Municipal, Marcus Rômulo, não acredita mais na Lei de Licitações, criada para acabar com as fraudes. "Eu não acredito mais na licitação pública. Acredito que perdemos a batalha. Eu creio no concurso público, uma importante conquista da Constituição de 1988, que melhorou os quadros do funcionalismo através da concorrência, os salários pagos são de mais qualidade. Mas, na licitação, que é a segunda conquista da nossa Constituição, não é a mesma coisa. Na prática, as empresas que participam das licitações - falo das grandes - fatiaram o Brasil", disse.
Segundo ele, a lei tem oito diferentes formas de se desviar dinheiro - todas incluídas na legislação. "Mas não conto, porque senão vou ensinar ladrão a roubar."
Em um dos casos, Rômulo descobriu uma fraude envolvendo a escolha de empresas para recolhimento de lixo em Maceió e um rombo de R$ 200 milhões desviados dos cofres públicos em um esquema considerado "grosseiro": fraudar a balança na hora de pesar o lixo. Quanto mais pesado, mais dinheiro era repassado a empresa.
Das dez operações da Polícia Federal realizadas em Alagoas, três delas aconteceram em Traipu. Na cidade com mais da metade da população analfabeta, as operações foram para investigar desvios na Educação. O prefeito Marcos Santos (PTB) está preso por comandar o esquema. Nas três ações foram contabilizados R$ 16 milhões em desvios - dinheiro que, segundo as investigações, comprou caçambas, uma lancha e fazendas para o prefeito.
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