13 de janeiro de 2012

TWB, sinônimo de trabalho escravo na Bahia. DRT lava as mãos

As precárias condições operacionais da TWB (faz travessia entre os terminais de Bom Despacho e São Joaquim,Bahia, utilizando-se de ferry boats)estão levando seus funcionários ao desespero. Mesmo depois de denúncias, o órgão do Ministério do Trabalho não consegue sustar as irregularidades comprovadas, levantando-se suspeitas de corrupção.Como a TWB não tem tripulação suficiente para manter sete navios em operação, eles são obrigados a dobrar a jornada de trabalho, colocando em risco até a segurança dos navios e dos usuários. "Estamos sendo obrigados a dobrar a jornada e praticamente não dormimos. Os navios não dispõem mais de acomodações para todos os tripulantes (oito em cada ferry) e temos que descansar em cima das cadeiras do salão de passageiros ou mesmo no chão. A TWB não oferece sequer um colchonete", revelou um marítimo. Nos ferries, a TWB só disponibiliza alojamentos para o comandante e o chefe de máqunas, o que vai de encontro às normas da Capitania dos Portos. "Às vezes, o navio só deixa de operar às 2 ou 3 horas da manhã. O marítimo que estiver dobrando tem que acordar às 4h para as 5h está pronto para trabalhar de novo. Não tem trabalhador que suporte. Isso é um risco para a segurança, só que a TWB não se importa e faz o que quer porque só interessa à empresa faturar e não oferecer condições dignas de trabalho ao seu pessoal. E pouco se importa com a segurança", completou. A jornada da TWB é de 24 horas seguidas de trabalho por 48 horas de folga. Como não tem tripulação suficiente, a empresa obriga a duas turmas de marítimos, diariamente, a dobrar. "O mais estranho é que a Delegacia Regional do Trabalho sabe da irregularidade e não toma qualquer providência. E a Capitania dos Portos sabe também que dormimos no chão ou em cima de cadeiras, o que é irregular. Já procuramos a Agerba, que também nada resolve. A falta de respeito é total.

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