O governo calcula que se não forem feitos investimentos bilionários e imediatos nos portos marítimos do país, o Brasil enfrentará uma espécie de “apagão” na distribuição de mercadorias já em 2015. O argumento vem sendo utilizado nas negociações pela Medida Provisória 565/2012, que tem prazo até 16 de maio para ser aprovada pelo Congresso e enfrenta a resistência do comando da Força Sindical.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, está pessoalmente empenhada no assunto, tratado como prioridade pela presidente Dilma. “Nós não vamos abrir mão da competitividade, nem da redução de custos” – reforça a ministra, sinalizando que aspectos da MP não são negociáveis.
Filas e atrasos no transporte de cargas, segundo a ministra, chegam a triplicar os custos e causam prejuízos milionários.
Os sindicatos hoje controlam as contratações dos “trabalhadores avulsos” e devem perder esta prerrogativa com a medida.
Alegam que a renda mensal do estivador, que está entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, pode cair pela metade com o novo sistema. E preparam uma segunda greve para o dia 19, desta vez de advertência, com duração de 24h.
A ministra, no entanto, insiste que esta reação à MP é “desproporcional” . “Nós tivemos um cuidado muito grande de não mexer em um só direito do trabalhador”, diz Gleisi.
O Planalto dá como certa a aprovação da medida provisória e já tem tudo pronto para lançar, em junho, a primeira rodada de licitações: a dos portos de Santos e do Pará.(CL)
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