6 de março de 2013

Intransigência patronal, carga excessiva de trabalho, salários baixos - levam trabalhadores da Marisol (SC) à greve


Depois de cessadas todas as possibilidades de acerto com a empresa, os trabalhadores da Marisol Matriz (Jaraguá do Sul, SC) resolveram decretar greve geral, partir de depois de amanhã. A paralisação é por tempo indeterminado e, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Jaraguá do Sul, Gildo Antônio Alves,o movimento está revestido de toda a legalidade.
A indignação dos operários resulta dos baixos salários, carga excessiva de trabalho, assédio moral às mulheres, advertências infundadas e a rejeição de atestados médicos emitidos por profissionais fora da empresa. 
O dirigente sindical explica que são cada vez mais crescentes os casos de LER/DORT, ambiente de trabalho nocivo à saúde (calor e barulho), falta de transparência no Programa de Participação nos Resultados, "o que é inaceitável numa empresa que se intitula como uma das maiores do Brasil e submetem seus empregados a estas situações incompatíveis", ressalta Gildo. 
No que respeita a salários, o presidente do STIV é taxativo: 
-O reajuste que queremos é de 15% retroativos, a partir de 1° de fevereiro.  
A Marisol, de acordo com o seu site, é uma das maiores indústrias de vestuário do Brasil, nascida em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, em 1960. Hoje possui fábricas em diversas localidades do país com suas marcas em países da Europa e México. Produz 25 milhões de peças de vestuário por ano e 3,2 milhões de pares de calçados infantis. Tem mais de 6 mil colaboradores que interagem com a tecnologia de ponta implantada em seus parques industriais.

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