12 de março de 2013

Redução da cesta básica em SC deve acontecer aos poucos, diz Dieese


A expectativa do governo federal e do escritório regional do Dieese em Santa Catarina é que a retirada de impostos federais que incidem sobre os produtos que compõem a cesta básica chegue em breve às prateleiras dos supermercados catarinenses. A medida passa a valer a partir desta terça-feira (11). As carnes de todos os tipos (bovina, suína, aves e peixes), café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico sofreram desoneração de 9,25%. Pasta de dentes e sabonete caíram 12,5%. Alguns itens como leite, feijão, arroz e farinha já não tinham nenhuma incidência de PIS-Cofins e de IPI. No total, 16 produtos serão afetados pela medida do governo federal. De acordo com o supervisor técnico do escritório regional do Dieese em Santa Catarina, José Álvaro de Lima Cardoso, apesar da ansiedade pela redução dos preços, é difícil estimar como isso vai se refletir no varejo. "O preço dos alimentos são definidos por uma série de elementos. Sem dúvida o imposto é um deles. A falta de um alimento faz o preço subir. Eventualmente, uma redução da demanda faz o valor é reduzir. A formação de preços em geral é fruto da interação de vários elementos, por isso é difícil calcular como isso vai refletir concretamente", explica ele, que considera a medida positiva. "Se alguns supermercados reduzirem os valores, isso fará com que outros façam o mesmo e assim ocorra a redução, mas depende da estratégia de cada um", disse. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, espera que a medida chegue logo aos supermercados. "(...) O setor todo gostou muito das medidas e se comprometeu a repassar a redução de preços o mais depressa possível para os produtos contemplados. Os varejistas precisam de alguns dias para implementar [o repasse aos preços]", afirmou Mantega. Em Santa Catarina, a pesquisa da Cesta Básica é feita em duas cidades, Florianópolis e Brusque. O supervisor regional do Dieese afirma que as próximas pesquisas serão determinantes para entender o comportamento dos supermercadistas e do mercado em relação à redução de impostos. "A medida sem dúvidas é positiva, pois a inflação dos últimos meses foi muito decorrente do aumento do preço dos alimentos, então a medida do governo ajuda, pois na pior das hipóteses, melhora as expectativas. Mas não há garantias que a renúncia fiscal que o governo está fazendo vá parar no bolso dos consumidores, mas pode passar no bolso dos empresários", comenta.

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