19 de março de 2013

Depois do Fusca, agora o Karmann Ghia também pode voltar a ser produzido no Brasil


A brasileira Karmann Ghia, lendária fabricante de veículos e componentes automotivos, está sob nova direção. O Grupo Brasil, então controlador, vendeu a companhia para o Grupo IPL Industrial no fim de 2012. A nova direção da empresa tem como um dos objetivos voltar a produzir automóveis em sua fábrica de São Bernardo do Campo, região do ABC Paulista. A companhia, inclusive, já negocia com diversas marcas de luxo europeias para "terceirizar" suas instalações no País. Para isso, foram investidos US$ 15 milhões na modernização da unidade, incluindo a compra de seis prensas importadas da Alemanha. Para divulgar essa nova fase da montadora e comemorar os 50 anos do Volkswagen Karmann Ghia, um dos esportivos nacionais mais cobiçados nas décadas de 1960 e 1970, haverá um concurso de design entre universitários para redesenhar o esportivo nacional para os tempos atuais de modo que seja possível sua produção em série. A IPL estuda produzir alguns exemplares do projeto vencedor.

NO BRASILOs planos de crescimento da empresa no Brasil fizeram com que a VW resolvesse produzi-lo localmente. Em 1960 a Karmann abriu uma fábrica em São Bernardo do Campo, São Paulo, e em 1962 o primeiro Karmann-Ghia brasileiro saiu da linha de montagem, muito semelhante ao modelo vendido no mercado europeu.
Em 1967, a motorização inicial de 1200cc e 36 cavalos foi substituída pelo motor 1500cc, de 44 cavalos, conferindo um pouco mais de "esportividade" ao modelo, e levando-o, segundo a fábrica, aos 138 km/h de velocidade máxima. Assim o desempenho ficava um pouco mais condizente com o aspecto, pelo menos para os padrões da época.
Além disso, o sistema elétrico passou de 6V para 12V, e o desenho das lanternas traseiras foi modificado.
No final de 1967, foi lançado o Karmann Ghia conversível - que atualmente é um dos modelos brasileiros mais raros e valorizados. Foram produzidas apenas 176 unidades.
Em meados de 1969, ocorreu o aumento da bitola traseira e do corte dos paralamas traseiros, o que deixou a roda traseira mais visível.
Em 1970 o Karmann Ghia ganhou o novo motor 1600cc de 50 cv - que tinha um torque maior. Agora eram 10,8 kgfm a 2800 rpm, contra 10,2 kgfm a 2600 rpm do antigo 1500, que respondiam por mais força em arrancadas e retomadas. O sistema de freios foi substituído por freios a discos na dianteira e o modelo dos parachoques passou a ser uma única lâmina com dois batentes com protetores de borracha.
 Esta reformulação na linha do Karmann Ghia não foi suficiente para dar sobrevida ao modelo. Em 1972, a Volkswagen do Brasil decidiu tirá-lo de linha, enquanto o modelo europeu ainda seria fabricado até 1974.



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